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Adoçantes: o que é mito e o que é verdade?

Os substitutos do açúcar, mais conhecidos como adoçantes, tornaram-se muito populares e são opções dietéticas auxiliares no controle de doenças como diabetes e obesidade. Há muitos mitos acerca destes produtos, grande parte das vezes disseminados com objetivo difamatório.

Os adoçantes subdividem-se em dois grandes grupos. O primeiro, os não nutritivos, são os edulcorantes, caracterizados por dulçor intenso, utilizados em pequenas quantidades. Em segundo, os nutritivos, que podem substituir o açúcar em dulçor e conferir algum valor calórico ao alimento.

 

Tabela de Adoçantes aprovados no Brasil

Adoçantes Não Nutritivos Kcal/g Adoçantes de Corpo Nutritivos Kcal/g
Acessulfame-K 0 Sorbitol 2,6
Aspartame 4* Manitol 1,6
Taumatina 4* Xilitol 2,4
Neotame 0 Eritritol 0,2
Ciclamato 0 Isomaltitol 2,0
Sacarina 0 Lactitol 2,0
Esteviosídeo 0 Maltitol 2,1
Sucralose 0

* Contribuição calórica desprezível pela pequena quantidade usada em alimentos e bebidas

 

Adoçantes Intensos (Não nutritivos)

Sacarina

É o mais antigo dos edulcorantes, sendo um produto sintético cujo dulçor é 200 a 700 vezes maior ao do açúcar.  Por algum tempo, a sacarina foi considerada como agente causador de câncer de bexiga em estudos experimentais com ratos. No entanto, avaliações mais recentes mostraram que isto se deve a uma interação do produto com fatores inerentes ao próprio animal. Após estas análises, seu uso foi liberado para consumo humano.

Ciclamato

Outro adoçante sintético que tem dulçor de 30 a 50 vezes maior que o da sacarose. Estudos demonstram que o ciclamato não é cancerígeno por si só. O ciclamato não é metabolizado pela maioria das pessoas, no entanto, quem o metaboliza gera produtos extremamente tóxicos. Alguns países liberaram o consumo do ciclamato. Já outros não permitem o seu consumo isolado, e nem como aditivo de alimentos ou formulações com adoçantes. Geralmente ele é associado a sacarina, para se mascarar o seu sabor residual metálico.

Aspartame

É um adoçante sintético metabolizado em ácido aspártico e fenilalanina.  Por isso seu consumo é contraindicado em indivíduos com fenilcetonúria, doença genética caracterizada pela incapacidade de metabolização da fenilalanina. Nenhum estudo comprovou sua associação com câncer. No entanto, recomenda-se que não seja aquecido longamente, devido a geração de composto instáveis.

Acessulfame-K

Adoçante sintético que não é metabolizado pelo organismo humano. Seu dulçor supera em 200 vezes o do açúcar. Pode ser aquecido a temperaturas de até 200 graus. Nenhum estudo até hoje verificou a associação de seu uso com o surgimento de câncer.

Sucralose

É uma molécula que tem cloro na sua composição e por tal motivo veiculou-se que teria efeitos nocivos, assemelhando-se ao de pesticidas. No entanto, outras moléculas tem cloro em sua composição e nunca tiveram nenhuma correlação com efeitos tóxicos de pesticidas. Um exemplo comum é o próprio sal de cozinha. A sucralose, portanto, tem consumo liberado, variando seu dulçor entre 400 a 800 vezes em comparação com o da sacarose.

Taumatina

A taumatina é um edulcorante retirado de plantas do oeste africano. Ela não é tóxica, podendo ser consumida com segurança. O grande problema deste adoçante é a limitação em obtê-lo de suas fontes naturais.

Neotame

O neotame é um edulcorante formado por aminoácidos presentes no aspartame. Chegou-se a veicular que o neotame teria algum efeito tóxico sobre o sistema nervoso central, no entanto, tal afirmação em momento algum foi confirmada em algum estudo. Concluiu-se tratar de uma inverdade difamatória sobre o produto.

Glicosídeos do esteviol

Folhas de um planta chamada Stevia rebaudiana bortoni deu origem a este adoçante. Inúmeros estudos comprovam a segurança deste produto. Seu dulçor chega a 300 vezes o do açúcar.

 

 

Adoçantes Nutritivos (Poliois ou Agentes de Corpo)

Essa classe especial de substitutos do açúcar, são carboidratos curtos e que possuem baixo índice glicêmico. Por tal motivo são recomedados para controle de peso e de glicemias.

Muitos destes produtos são extraídos de frutas, como por exemplo o eritritol e xilitol. O lactitol é produzido através de reações enzimáticas sobre a lactose.  O manitol e o sorbitol podem ser encontrados na cebola, aipo, beterraba, azeitonas, figo, cogumelos e algas.

 

Afinal, adoçantes são seguros?

Um grande estudo que foi recentemente publicado conclui que não há evidências para se afirmar que os adoçantes estão relacionados ao risco de se ter algum tipo de câncer.

A vantagem dos adoçantes é que eles tornam, no mínimo, factível a realização de uma dieta para indivíduos que precisam perder peso. O melhor, na verdade, é se utilizar do sabor do próprio alimento, não se adicionando açúcar ou adoçantes, já que estes mascaram o seu real sabor.

É sempre bom ressaltar a importância da avaliação de um profissional em terapia nutricional. O embasamento em ciência e a promoção de uma nutrição coerente, individualizada e prazerosa são os objetivos primordiais.

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