O que é constipação intestinal?
A constipação intestinal é a ausência de evacuações por mais de 3 dias. As principais causas são a baixa ingestão de fibras vegetais e de água, sedentarismo e o excesso de carboidratos simples (açúcares) na dieta.
Constipação Intestinal e Obesidade
A obesidade pode causar constipação pelo alto teor de carboidratos simples presentes na alimentação destes pacientes. Dietas ricas em carboidratos simples geram um desequilíbrio na microbiota intestinal. Outras causas de constipação são o diabetes, hipotiroidismo, distúrbios neurológicos específicos ou lesões de medula espinhal.
Causas
Indivíduos que tem um controle evacuatório muito rígido são fortes candidatos a desenvolverem uma constipação intestinal crônica. Idosos são mais constipados devido a maior imobilidade, e a presence de doenças associadas, como o diabetes.
Vários medicamentos podem ocasionar constipação intestinal pelo bloqueio dos mecanismos que promovem as contrações intestinais regulares, o peristaltismo. São exemplos comuns:
- beta-bloqueadores (propranolol);
- anticonvulsivantes;
- antidepressivos;
- analgésicos (opióides e escopolamina);
- diuréticos;
- antialérgicos (antihistamínicos);
- corticóide;
- antidiarreicos (loperamida).
Tratamento
Um dos tratamentos para a constipação é uso de laxativos. Os laxativos podem ser classificados de acordo com a sua forma de ação.
- Lubrificantes e emolientes: melhoram o trânsito fecal por fazerem as fezes ficarem mais escorregadias. Ex: óleo mineral e vegetal .
- Catárticos formadores de massa e/ou colóides hidrofílicos: fibras vegetais – farelo sementes. É importante ressaltar que devem ser ingeridos com bastante água.
- Catárticos Estimulantes ou Irritantes: inibem a absorção de água e eletrólitos pelo intestino, e estimulam a motilidade intestinal. Ex.: óleo de rícino, derivados do difenilmentano e catárticos antraquinônicos.
- Agentes osmóticos ou salinos: promovem uma hiperosmolaridade no cólon, melhorando o trânsito intestinal. Ex.: sais de magnésio, de sódio, sorbitol e glicerina.
Cada composto acima tem uma indicação específica e seu uso deve ser individualizado e temporário. Alguns agentes, como os hiperosmóticos, promovem uma perda excessiva de água pelo intestino e consequentemente podem causar uma desidratação e disfunção renal. Por tal motivo, devem ter um uso monitorado e limitado. O uso abusivo é contraindicado.
Os agentes de volume, ou fibras alimentares, podem melhorar de uma forma mais efetiva e duradoura o funcionamento intestinal. Estes agentes podem ser utilizados de uma forma prolongada e até mesmo rotineira. A grande vantagem destes agentes é que, além de promoverem bons hábitos intestinais, eles previnem o surgimento do câncer colorretal e podem melhorar o controle glicêmico e lipídico.
Orientações Alimentares e Atividade Física
Em resumo, para um bom funcionamento intestinal, é fundamental a correção dos hábitos alimentares, melhora na hidratação, atividade física regular e uso regular de fibras alimentares.
Medicamentos laxativos e outras substâncias devem ser utilizados caso haja falha das medidas dietético-comportamentais. Este uso deve ser limitado e monitorado pelo médico responsável pela prescrição desta substância. A atenção a complicações deve se adequar a característica dos agentes prescritos, devendo ser maior nos agentes hiporosmóticos. A avaliacão médica é indispensável, não só para o tratamento da constipação, mas também para prevenção de complicações.