microbiota intestinal

Microbiota Intestinal: Nosso Segundo Cérebro

Microbiota intestinal, o que é?

Microbiota intestinal é o conjunto de bactérias que povoam nosso intestino. Trilhões delas habitam por lá.

E por que motivo estão lá? Estas bactérias estão no intestino por precisarem de energia para se manterem. Como nosso intestino é o que recebe, processa e absorve os alimentos, fica fácil entender o porquê de estarem lá.

Na verdade, estas bactérias tem funções primordiais para nossa sobrevivência. Fato é que, se fossem exterminadas, nossa sobrevivência seria impossível.

 

Segundo cérebro, como assim?

Nossas emoções tem diversas origens, e uma delas é a forma como nos alimentamos. Ou seja, quanto melhor for o estímulo sobre o intestino, mais benéfica será a nossa resposta cerebral.

Nosso intestino possui uma rede de neurônios que se comunica com o cérebro. Uma má alimentação estimula nosso corpo a produzir substâncias nocivas que atuam sobre receptores deste cérebro, ocasionando uma série de distúrbios.

O clichê “somos o que comemos” é uma grande verdade. A microbiota auxilia neste processo digestivo. E quanto mais saudável for a nossa dieta, mais saudável também será a nossa flora intestinal, algo que já foi comprovado por inúmeros estudos científicos.

 

Desequilíbrios da Microbiota Intestinal e a Doença

Indivíduos que tem uma dieta rica em alimentos processados e pobre em fibras, tem uma flora intestinal com uma predominância de bactérias patogênicas, ou seja, uma microbiota ruim. Por tal motivo, são indivíduos mais estressados.

Medicamentos também podem alterar a microbiota intestinal. Os exemplos mais comuns são os antibióticos. Hoje em dia há movimentos fortemente embasados que visam uma restrição maior do uso destes medicamentos, dado o aumento da resistência bacteriana, além destes desequilíbrios de flora.

Além disso, insônia, depressão e irritabilidade podem ser causados por desequilíbrios na microbiota. Alguns estudos mostram que pacientes com autismo, Parkinson e Alzheimer possuem uma seleção diferente destas bactérias no intestino.

O surgimento do câncer colorretal pode ter relação com desequilíbrios da flora intestinal.

Basta ingerir “boas bactérias” para ter uma “boa microbiota”?

Não é algo que se pode afirmar com tanta veemência, mas também não é algo que se pode ignorar. Existe uma identidade microbiológica sobre cada indivíduo. Muitas vezes uma ingestão de um “pool” de boas bactérias pode não ter efeito algum.

Suplementos ou medicamentos que contém populações bacterianas são os chamados probióticos. Estes probióticos já são utilizados no tratamento das patologias referidas acima, obviamente ainda com a necessidade de muitos estudos para indicações mais precisas e doses mais efetivas.

Algo muito promissor e com resultados altamente favoráveis, é o transplante da microbiota intestinal. Basicamente e de forma bem simplificada, este transplante consiste em pegar uma flora intestinal de um indivíduo saudável e transplantá-la num indivíduo doente.

Para se resumir, a grande questão é que, para se manter uma flora intestinal saudável, devemos alimentá-la com boas fontes de energia. A regra básica da redução da ingestão dos carboidratos altamente processados e consumo regular de fibras alimentares continua fortemente válida.

Há quem diga que num futuro próximo teremos chips que mapearão toda microbiobiota, fato que auxiliará numa máxima individualização terapêutica. Outros mais ousados, dizem que os melhores antidepressivos e ansiolíticos serão formulados com boas bactérias.

Procure um profissional capacitado, um gastroenterologista ou um profissional especialista em terapia nutricional para uma orientação mais individualizada.

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